No Festival Solos do Pará, dia 6 de maio, duas oficinas ministradas pelo escritor e encenador Francisco Vera Paz, do Grupo Teatral Kauré, ofereceram uma jornada única de reflexão e aprendizado sobre a relação entre memória e dramaturgia, com foco nas vivências amazônicas. Explorando os processos criativos por trás dos espetáculos “Cauré” e “Histórias da Vamparina contadas pela Dolina”.
“Essas oficinas não apenas proporcionaram insights valiosos sobre o papel da memória na construção de narrativas teatrais, mas também ofereceram um espaço de expressão e conexão emocional para os participantes compartilharem suas próprias histórias e experiências”, enfatizou o oficineiro.
A primeira oficina, intitulada “Teatro e narração oral: duas estradas, uma floresta, um álbum de fotos e um caderno de histórias”, mergulhou nos processos criativos por trás dos espetáculos do grupo Kauré. Ambas as obras possuem uma natureza dramatúrgica memorial, enraizada na memória individual e coletiva dos artistas e de suas comunidades.
Durante a oficina, Francisco Vera Paz destacou a importância da memória como base para o processo de criação artística, compartilhando depoimentos, registros fotográficos, textos e cartas que subsidiaram a concepção dos espetáculos. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer o contexto histórico e social que inspirou as obras, além de explorar objetos e registros memoriais que deram vida aos personagens e cenários.
Na segunda oficina, intitulada “Dramaturgia Memorial e Dossiê Cauré”, os alunos foram convidados a vivenciar dinâmicas que exploraram a memória individual e coletiva. Uma das atividades consistiu na criação de uma paisagem memorial conjunta, onde cada um apresentava sua memória particular para o público.
Ao final das oficinas, os participantes saíram enriquecidos com novos conhecimentos sobre o poder da memória e sua influência na construção da dramaturgia teatral.
Serviço:
Apresentado pelo Ministério da Cultura, o Fest Solos do Pará é uma idealização da Associação Artístico Olho D´agua, que foi contemplado com o prêmio Tamba Tajá 2023, tem o patrocínio do Banco da Amazônia e é também um projeto contemplado com a Lei Paulo Gustavo do município de Santarém. Tem a parceria institucional da UFOPA, por meio da Procce.
Texto: Natashia Santana – Jornalista
Foto: Júnior Aguiar – Fotógrafo
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